terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

Quando a realidade parece ficção, é hora de fazer documentários.

Por: João Daniel Donadeli



Num país imenso como o Brasil, a diversidade cultural também é imensa e a maneira para se retratar essa diversidade a partir de documentários regionalizados é uma forma de descentralizar a produção e promover essa diversidade. 

Temas variados, mas que se permeiam, porque por mais múltiplo que seja o País, existe em sua essência uma unidade comum a todos. 

 Entre os cinqüenta e cinco documentaristas que emprestam seus olhares para a série DOCTV IV aqui se encontram oito que com seus filmes revelam suas regionalidades, culturais, patrimoniais e muitas vezes promovem a revisão de fatos históricos de suas regiões como uma proposta de encontro com o povo brasileiro.
Hora convergindo, hora divergindo, cada um com sua complexidade e estratégia de abordagem os últimos documentários exibidos pela série, trazem um pouco dos processos contemporâneos e urgentes, sem deixar de beber na fonte da tradição e rever fatos do passado recente do país.

Duplo território

Duplo território é um documentário Paulista, que traz o inesperado, um investigador da policia civil, acostumado a conviver com a violência urbana própria de sua profissão, encontra nos marginalizados a inspiração para expressar a sua arte, pintando quadros de pessoas que vivem à margem da metrópole.
O documentário flerta com a questão do estereótipo criado para o policial, cara de durão e que não haveria a possibilidade de um deles ser um artista, pois arte é algo que pressupõe sensibilidade e nunca se espera isso de um policial que convive todo dia com a violência dessa cidade complexa.


Ficha Técnica 
Duração: 52 minutos 
Autor e Diretor: Rogério Corrêa

Tribuna do Gueto 

“Sem pátria, sem luz, sem amor, estão vivendo dos restos e dos dejetos”, diz a música de abertura desse documentário que tem a intenção de dar voz a grito calado dos guetos de São Luis do Maranhão.

Esse documentário leva em consideração a visão dos populares das periferias de São Luis, que por meio de uma tribuna colocada exclusivamente para ser o canal de queixas da população, revelam as carências da periferia e defendem suas posições de guerreiros e ocupantes, mas não de invasores e criminosos.


Ficha Técnica 
Duração: 52 minutos 
Autor e Diretor: Antonio Carlos Pinheiros

Negros

Negros é um documentário feito com imagens de filmes e vídeos de arquivo captados ao longo do século passado que revelam a imagem do negro na Bahia sem se ater a fatos ou compromisso com a história.

As imagens sugerem sem direcionamento uma reflexão sobre a trajetória do negro na construção de sua imagem no estado onde a cultura negra é mais forte no Brasil, o documentário encanta pela sensibilidade para a seleção de imagens, trilha sonora e montagem.


Ficha Técnica
Duração: 52 minutos
Autora e Diretora: Mônica Simões

O mergulho

O mergulho é a metáfora que transpõe esse documentário que tem o Rio Acre, que separa a cidade de Rio Branco, como protagonista e palco para as relações que se estabelecem entre pessoas que convivem diariamente com ele.

O documentário acreano expõe as relações estabelecidas pelas pessoas que viram a transformação da cidade de Rio Branco moldar as margens do rio que outrora era o meio mais utilizado para se chegar ou sair da cidade. Para isso o documentarista lança mão de encenações de fatos e histórias que hora permeiam, hora mergulham, na vida cotidiana dos moradores da capital acreana.


Ficha Técnica
Duração: 52 minutos
Autor e Diretor: Silvio Margarido

HU

Esse documentário sugere um paralelo entre as duas alas do um Hospital Universitário Clementino Fraga Filho, que teve sua construção iniciada na década de cinqüenta e se arrastou por mais quase trinta anos quando foi ocupada apenas uma ala da construção projetada pelo arquiteto Jorge Machado Moreira, tendo a outra ala submetida a degradação do tempo e de vândalos.

Conhecida como “perna seca” essa segunda ala do hospital é a metáfora que se estabelece entre a ala que falta “Álcool” e a outra que falta tudo, entre a saúde pública e as necessidades da população, um paralelo do que está acontecendo com o país, de um lado um Brasil que cresce e está se construindo e se solidificando e de outro um Brasil que vai se desmoronando e se acabando em escombros.


Ficha Técnica
Duração: 52 minutos
Autor: Pedro Urano
Diretores: Pedro Urano e Joana Cseko

Espelho Nativo

Espelho Nativo é um documentário Cearense que revela a relação dos índios com sua cultura embebida da cultura dos brancos tendo a comunidade indígena dos Tremembé como protagonista.

O documentário convida a uma reflexão sobre o estereótipo do índio de cocar, arco e flecha e morando em oca, com o convívio diário com a cultura dos brancos é improvável que o índio sobreviva nesse ideal estereotipado de índio de outrora.


Ficha Técnica
Duração: 52 minutos
Autor e Diretor: Philipi Bandeira

O Último que sair fecha a porta

O documentário é focado nas entrevistas de cidadãos paulistanos que ingressam num programa de emigração ao Quebec no Canadá Francês para verem seus projetos de vida realizados em outra pátria que os acolhe como cidadãos.

Essas pessoas passam por um período de treinamento e aprendizado da língua francesa para passarem por uma prova e ganharem o direito ao “Green cards”. O documentário além de revelar o dia a dia e o propósito de cada um dos personagens que ingressam no programa, também promove uma discussão se realmente a mudança de pátria seja a solução para seus anseios e necessidades.


Ficha Técnica
Duração: 52 minutos
Autora: Carolina Fernandes

A Revolta
A revolta é um documentário que revisita um fato deprimente da historia da colonização do estado do Paraná quando colonos e posseiros pegaram em armas para defenderem suas terras, famílias, e dignidade.
A revolta dos posseiros foi um fato que marcou a história do Paraná quando jagunços e companhias grileiras aterrorizaram os posseiros que revoltados se organizaram e retomaram o controle de suas vidas e terras.
Estético, político, e cinematográfico esse documentário através dos depoimentos dos posseiros que participaram do levante, revela a indignação desses lavradores que lutaram para defenderem suas terras ontem, como outros lutam e morrem para defenderem suas terras hoje.


Ficha Técnica
Duração: 52 minutos
Autor: João Marcelo Gomes
Diretores: João Marcelo Gomes e Aly Murtiba

quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

DOCTV - Audácia



Pouco se sabe sobre a "Operação Barriga Verde" que ocorreu no ano de 1975 em Santa Catarina para reprimir a resistência anti-ditadura. Durante a operação, quarenta e dois militantes foram presos e torturados, entre eles mulheres e homens intelectuais acusados de serem comunistas e pertencerem ao PCB.

O documentário "Audácia" de Chico Pereira, rememora a "Operação Barriga Verde" trazendo fatos contundentes do recente período de ditadura militar, revisitando a colônia penal Canasvieiras e revelando a história pela voz dos próprios personagens desse episódio de torturas.

Por meio de entrevistas e depoimentos o documentário sugere uma crônica dos acontecimentos revelando a história a partir das particularidades de cada personagem de maneira intimista e não apenas expondo personagens históricos.

Antigos carcereiros falam sobre os conflitos e questionamentos gerados pelo trancafiamento de estudantes, intelectuais e sindicalistas sem que houvesse uma condenação ou mesmo uma acusação pertinente, fato que desarticulou o efetivo levando a prisão o capitão da PM Nelson Coelho responsável pelo grupo de presos políticos da colônia penal.
Sobreviventes e ex-presos políticos da época revelam os episódios de suas prisões e torturas, falam sobre a convivência com presos comuns e expõem todas as suas indignações pelo regime ditatorial que subtraia toda a forma de dignidade do Homem apenas por divergirem do sistema de aprisionamento de pensamentos impostos pela ditadura.

O documentário é construído de forma que um questionamento seja gerado pelo espectador, o mesmo questionamento e desconforto que sentimos todas as vezes em que por meio de fotos ou mesmo filmes, revisitamos os obscuros episódios do recente atentado violento a qualquer forma de pensamento livre, causada pela ditadura militar.

"Penso, logo existo" a famosa máxima de Descartes, era algo impensável para a época, pois qualquer um que pensasse, não mais existia, ou seja, as pessoas eram torturadas e mortas apenas pelo que pensavam.

Ficha Técnica
Duração: 52 minutos
Autora: Zuca Campagna
Diretor: Chico Pereira
Co-produção: Zuleica Campagna | Preview Televisão e Cinema | TV Cultura de Santa Catarina | ABEPEC - Associação Brasileira de Emissoras Públicas, Educativas e Culturais

DOCTV - Sangue do Barro



A década de noventa foi marcada pela mídia sensacionalista, programas televisivos que buscavam de forma tosca e sem o mínimo de ética trazer fatos distorcidos, e violentos para um público desavisado.

Lançando mão de um fato ocorrido no interior do Rio Grande do Norte na cidade de Santo Antonio do Barreiro onde Genildo Ferreira de França , um ex militar do exercito cometeu o assassinato de mais de dez pessoas entre parentes e vizinhos num período de 24 horas, o documentário "Sangue do Barro" dirigido por Mary Land Brito e fabio de Silva, busca discutir o papel sensacionalista da imprensa na elaboração do palco armado para noticiar o fato, distorcendo e espetacularizando as ações do assassino.

Por meio de depoimentos de militares que acompanharam a perseguição do assassino, pessoas da comunidade, parentes das vitimas e do assassino, "Sangue do Barro" vai desvelando o espetáculo criado pela mídia para reportar o caso e põe em discussão o comprometimento da mídia com espetacularização da violência, uma semana antes dos crimes Genildo, havia enviado uma carta para um desses programas sensacionalistas pedindo espaço para afirmar sua masculinidade já que no vilarejo sofria zombarias, como não obteve resposta iniciou uma onda de assassinatos de parentes, vizinhos e de pessoas que cruzavam o seu caminho.

Imagens de arquivo da cobertura do crime revelam o palco armada pela imprensa sensacionalista para manter a audiência, mostrando corpos feridos a bala estirados pelo chão com uma certa participação do povo local já acostumados a esse tipo de cobertura mal intencionada, que repercutiu por mais de uma semana na mídia do gênero.

O fato foi acompanhado passo a passo por milhares de pessoas no Brasil e em outros países gerando um grande problema para a população local que após o ocorrido sofria com a ideia de pertencer ao vilarejo do assassino, causando inúmeros problemas socioeconômicos para a região.


Dessa forma o documentário abre uma reflexão sobre a participação da mídia na formação intelectual da sociedade que absorve e consome esse tipo de noticiário criando situações para que pessoas buscando a visibilidade social tomem atitudes impensadas para ter os seus quinze minutos de fama, numa sociedade onde o espetáculo contemporâneo é o sangue derramado.

Ficha Técnica
Duração: 52 minutos
Autora: Mary Land Brito
Diretores: Mary Land Brito e Fabio DeSilva
Co-produção: Mary Land de Brito Silva | Engady Cine Vídeo | TV Universitária - RN | ABEPEC - Associação Brasileira de Emissoras Públicas, Educativas e Culturais

DOCTV - Garimpo do bom presente


No final da década de oitenta a descoberta de uma jazida de cassiterita em Rondônia mobilizou mais de 40 mil homens em busca do ouro negro. A pequena vila rural se transformou no maior garimpo a seu aberto do mundo, mas a extração predatória e descontrolada extinguiu a cassiterita e hoje os poucos garimpeiros que resistem, vivem uma situação de risco lutando contra as maquinas das grandes mineradoras que a altos custos reviram a terra trazendo para a superfície o minério enterrado.

O documentário"Garimpo do bom presente" a partir de depoimentos de antigos garimpeiros que ainda residem na região que ficou conhecida como Bom futuro, refaz a trajetória do garimpo desde sua descoberta com a ocupação de milhares de garimpeiros vindos de todas as regiões do pais, a desarticulação econômica da região com o fim do garimpo, até os dias de hoje com a perspectiva de um "bom futuro"com a criação da

Escola da Vila que recebeu um prêmio da UNESCO pela erradicação do trabalho infantil, os filhos dos garimpeiros agora tem uma nova chance para não ficar a mercê da única fonte de renda da região.

As marcas da destruição da floresta causada pelas grandes mineradoras e pela multidão que invadiu a região com o sonho de ficar rico, estão por toda parte e podem revelar que ouve ali uma corrida desenfreada por um minério a qualquer preço e hoje a região paga caro pela destruição e pela falta de perspectiva econômica já que a cassiterita é a única fonte de renda dos poucos garimpeiros que ainda resistem na vila.

O documentário estabelece um paralelo entre o fim do garimpo e a possibilidade de uma nova perspectiva, mas o que se vê, é que, mesmo com a nova proposta da Escola da Vila, ainda existe resistência por parte das famílias em absorver essa nova perspectiva sociocultural que modifica a visão dos jovens com relação a preservação socioambiental, mas não traz um a alternativa econômica para a região.


Ficha Técnica
Duração: 52 minutos
Autor e Diretor: Alex Badra
Co-produção: Alex Corrêa Badra | Ágil Publicidade e Propaganda | Fundação Iaripuna | ABEPEC - Associação Brasileira de Emissoras Públicas, Educativas e Culturais

DOCTV - O presente dos antigos


A identidade cultural de um povo está em seus atos, manifestações, comportamento e língua, a busca pelos resquícios culturais de seus ancestrais é uma forma de resgate de antigos costumes para a afirmação dessa identidade cultural.

O povo Xacriabá, indígenas da região norte de Minas Gerais, após uma longa luta pela posse da terra em que se localiza a aldeia com o latifúndio local, buscam resgatar suas raízes culturais a partir de pinturas rupestres feitas por seus antepassados de uma antiga civilização.

Esse é o mote que permeia o documentário "O presente dos antigos" realizado por dois índios Rânison e Zé Reis Xacriabá e dirigido por Rafael Otávio Fares Ferreira idealizador do projeto.

O pano de fundo para revelar os aspectos culturais do povo Xacriabá surge de uma expedição para a região onde se encontram as pinturas deixadas pela antiga civilização em um gruta. A partir dessas pinturas encontradas nas cavernas os indígenas buscam reinventar suas pinturas corporais consolidando suas antigas tradições com referências próprias.

Um episódio da luta pela posse de terra é recriado e encenado pelos próprios índios, o assassinato de um dos lideres do movimento, que foi morto dentro de sua própria casa pelos capatazes dos latifundiários, um fato agressivo e marcante que trás para o filme o peso da luta de outrora e que agora em tempos de "paz" é rememorado para expurgar os fantasmas do passado.

Em síntese o documentário revela a luta do povo Xacriabá para reafirmar suas raízes históricas e perpetuar seus costumes para as gerações futuras em um mundo globalizado onde as identidades culturais se perdem e não mais são suficientes para distinguir as inúmeras formas de manifestação e comportamento de um povo.

Ficha Técnica
Duração: 52 minutos
Autor e Diretor: Rafael Otávio Fares Ferreira
Co-produção: Rafael Otávio Fares Ferreira | Cinco em Ponto | Rede Minas

domingo, 1 de novembro de 2009

DOCTV - Desenho do Corpo



“Toda beleza do mundo é reflexo de uma beleza fonte.”

A questão da estética do corpo é algo que se discute desde a Grécia antiga, os padrões de beleza e culto ao corpo que definem um paradigma são construídos e mutados ao longo de décadas sob influencias culturais, artísticas e filosóficas, que são absorvidos pela sociedade e massificados por estereótipos que definem o que é belo e aceitável como padrão estético.

Na sociedade contemporânea o mercado capitalista se apropria desses modelos pré-concebidos e impõe a necessidade de atendermos rigorosamente o apelo dos padrões estéticos vigentes.

Com esse rigor estético o corpo feminino é o que mais sofre para manter esse paradigma que é refletido nas artes plásticas, no cinema, na moda, nas ruas e na concepção de beleza da sociedade.

Esse é o tema que “Desenho do Corpo” se propõe a discutir a partir de personagens que ganham a vida como modelos vivos, bailarinas e teóricos da arte, revelando a construção do ideal de beleza do corpo feminino na contemporaneidade, tendo como referência os costumes relacionados ao consumismo.

O filme lança mão de uma proposta de documentário clássico com depoimentos posados e imagens que ilustram as falas e desenvolvem o ritmo do filme.

A fotografia, a dança e as artes plásticas são o pano de fundo pra discutir a construção da imagem perfeita do corpo feminino por serem os principais disseminadores e perpetuadores desse ideal de corpo jovem e agressivamente definido.

Por outro lado, a modelo vivo Vera, uma senhora de sessenta e sete anos, que posa para fotógrafos e estudantes de arte desde a juventude é o contraponto do filme por não corresponder mais aos apelos estéticos vigentes, mas que abre uma grande reflexão sobre a verdadeira concepção de beleza, um corpo castigado pelo tempo não mais corresponde ao paradigma de beleza, porém, a beleza não está no corpo e sim na relação que se estabelece entre o sujeito e o objeto, por isso quando olhamos um desenho desse mesmo corpo podemos dizer que é belo, pela integridade e perfeição.

“Desenho do corpo” faz parte da carteira especial DOCTV SP III , Programa de Fomento à Produção e Teledifusão do Documentário Brasileiro realizado através da articulação da Fundação Padre Anchieta – TV Cultura junto ao SESCTV e à Secretaria de Estado da Cultura, com o apoio institucional da Associação Brasileira de Documentaristas e Curta-metragistas – ABD/SP.

Ficha Técnica
Duração: 52 minutos
Autora e Diretora: Cristiane Arenas
Co-produção: Cristiane Arenas | Contraponto Produções | Fundação Padre Anchieta – TV Cultura

DOCTV - Engarrafados



Engarrafados é um documentário que revela as relações estabelecidas entre pessoas desconhecidas que trafegam por diferentes pontos da cidade de São Paulo, abordo de um taxi, desvelando paisagens abstratas e obscurecidas pelo cotidiano, fazendo emergir a personalidade de cada personagem que passa pelo taxi.

A partir de um taxi, metáfora simbólica que circula dia e noite pelas ruas da metrópole, seis distintos personagens ocupam o veiculo e trocam palavras com o motorista em regiões diversas sob as intempéries do tempo e o caos urbano, esse papo informal e fragmentado, aos poucos vai revelando a personalidade de cada um dos passageiros e conduzindo o espectador a vivenciar essa viagem.

Para cada personagem que é apresentado há uma nova proposta audiovisual buscando relacionar as diferentes regiões por onde o taxi circula e reforçando as diferenças de personalidades das personagens.

Construído de maneira experimental com paisagens abstratas em movimento, mas que são facilmente reconhecidas e interligadas as falas das personagens, o documentário se desenvolve pelas relações estabelecidas entre passageiro e motorista, pessoas desconhecidas que ocupam o mesmo espaço e trocam vivências em meio a uma metrópole onde a individualidade é o cartão de visita.

Por mais que o filme se passe inteiramente dentro de um veiculo trafegando pelo caos urbano, o fio condutor está nas relações estabelecidas informalmente entre os personagens que partem de suas singularidades para a universalidade das relações humanas.

Ficha Técnica
Duração: 52 minutos
Autora e Diretora: Luiza Fagá
Co-produção: Luiza Fagá | Tapiri Cinematográfica | Fundação Padre Anchieta – TV Cultura