segunda-feira, 17 de agosto de 2009

Festival de Gramado - Canção de Baal


Por: João Daniel Donadeli
Canção de Baal é um musical baseado e inspirado na obra de Bertoldo Brecht que retrata a vida de um músico e compositor excêntrico um tanto hippie em busca de seu tempo.
Vanguardista e experimental o filme quebra todos os protocolos do cinema tradicional com uma câmera frenética em alguns momentos e com uma belíssima fotografia que revela plasticamente o céu brasileiro.

O filme nasce da vontade da diretora Helena Ignes de Homenagear e mostrar esse autor e artista que foi Brecht e o qual acompanhou toda a trajetória.

Despudorado, poético e lúdico, o músico busca romper com toda a hipocrisia machista, exacerbada e pré-concebida, causando um encanto em todas as mulheres.

Após ser convidado para um evento social na casa de um madeireiro predador, o músico recusa uma proposta de ascensão social respondendo com deboches e escandalizando os convidados da sociedade local, optando por uma vida fora das colunas sociais.

Einstein figura pop clássica e também autor da teoria da relatividade compõem essa trama, observando de perto os personagens e discursando sobre sua teoria da relatividade.

Canções e letras nos levam ao entendimento das cenas propostas e propõem possibilidades de nos manifestarmos contra todo esse “depressionismo” contemporâneo.
Ainda nessa fabula Musical e antropofágica, podemos contemplar a voz de brecht e a entrevista de Einstein no Brasil quando foi comprovada a teoria da relatividade.

Ficha técnica:
Canção de Baal – São Paulo, 2008- 77min HD – Ficção
Diretor: Helena Ignes
Roteiro:helena Ignes
Elenco: Carlos Careqa, simone Spoladore

Palavras da diretora antes da estréia:
Canção de Baal é um filme que tem me dado muito orgulho, fiquei surpreendida quando na primeira exibição veio um rapaz me dizer : Helena Ignes, então quer pode não é. Achei isso sensacional por que as pessoas estavam percebendo o quanto elas podem se manifestar.

Perfil do diretor:
Helena Ignes, é figura de destaque na cultura Brasileira. Conhecida como a musa do Cinema Novo, integrou inúmeros movimentos de vanguarda.
Com 40 anos de produção e atuação no cinema brasileiro foi homenageada em 2006 pelo 20º Festival de films de Fribourg, Suíça, onde foram exibidos 25 filmes em que atuou, produziu e dirigiu. Atualmente finaliza o longa-metragem “Luz nas trevas – a revolta de luz vermelha” que divide a direção com Icaro Martins com roteiro de Rogério Sganzela que dirigiu “O bandido da luz Vermelha” na década de sessenta.

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